segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Soneto

No auge, bem lá no alto de todo o meu amor,
Tudo virou cinzas, se queimou e esfumaçou.
Me restaram as lembranças, as cartas, as canções eternizadas
E as fotografias, com seus versos nos versos que ora ficam cristalizados.
Hoje, tudo se foi. Esvaiu como fina areia entre os dedos.
Arrancou-se, estilhaçou-se o pobre sentimento solitário.
Sem clemência nenhuma o réu foi condenado
Ao tão renegado mundo do imenso vazio.
No vazio, não há dor. Nem tristeza, nem rancor.
Só um grande vácuo ao meu peito comprimir.
Um mergulho no infinito. Sem uma luz a me sorrir.
Magistral é a vida e o seu tempo. Fabulosa, sem igual.
Tudo nela nos ensina: a mente, um fruto e sua semente a germinar...
Obrigado! Mergulho agora na minha água, terra fértil e genial.

Este soneto é uma pequena homenagem à *********, mulher que amei e que me ensinou nuances incríveis e inimagináveis desse sentimento tão sublime que há entre os seres humanos.

P.S. por motivos pessoais, a pessoa antes acima citada solicitou a retirada do seu nome na postagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário