terça-feira, 23 de agosto de 2011

Soneto dos passarinhos do meu quintal

E como ficam os passarinhos?
Se todas as copas nós os usurparem...
A última eu vi, foi em brasa ao céu. [Subiu como em sonho]
Sucumbiu. Como eu por tanto te amar.

A rolinha já não mais nidifica.
Todos os passarinhos foram embora
Pra um lugar bem lá fora, tão longe que nem sei onde fica.
Onde até o pica-pau não mais a madeira bica

O céu escureceu naquele dia quente
De repente, a fumaça se ergueu
Tornando-nos cada vez mais impotente.

Então os bichos revoaram e aqui não mais cantam
Ficou a saudade e a mais pura certeza
De que quem agoniza mesmo é a minha e a sua natureza.

2 comentários:

  1. Olá Chico Mário.

    Gosto de vir aqui e ler os seus poemas e principalmente das temáticas. Faço alguns, mas não publico no meu Blogue porque tenho a pretensão de lançá-los em livro.

    Um abraço.

    Jair Feitosa.

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  2. Olá Jair,
    Fico lisongeado com sua presença por aqui. Sinta-se a vontade.
    abraço.

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