quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Navegando no rio.



Como a água que me limpa
O rio também limpa. Bem mais que isso.
Recicla todas as impurezas
Que vão rumo ao mar.

Todo amor que sinto, eu sinto reciclar
como água que desce pro mar...
Como barco que quer navegar,
como tiro que quer acertar...

Quem me dera ter um rio...
Bem no fundo do meu quintal.
Talvez eu sofreria menos,
ou quem sabe escorreria mais.

Certamente não o mataria
como fazem uns e outros,
eu e tantos, e muitos mais

Quero mesmo é ser rio,
do tamanho que for,
bem assim como eu sou.

Quantos barcos tenho que navegar?
De quantos sonhos tenho que me alimentar?
Ponto final.

O que me alimenta é o rio
mas, porque ele escorre
não preciso viver por um fio

O que sei é que um barco é um sonho
e eu nunca mais pensarei no abandono.
Navego acordado entre o verde-anil do meu rincão;
mergulho firme na certeza da eterna paixão.

Sem olhar pra trás.

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