E
o dia então chorou.
Tanto
quanto eu nunca o fiz,
tanto
que eu mesmo nunca vi.
Preciso
de refúgio, uma sombra
que
me afaste das nuvens pesadas.
Eu
preciso de um cigarro pra acender a minha alma.
A
água então escorreu em cascatas brancas
do
zinco até o chão, molhando o sim e o não...
Entre
cimento, tijolos e a escuridão.
Então
não pude me conter, apesar de tanto querer.
E
ela me maltrata, é má, maluca,
vem
e vai quando quer, entra e sai quando lhe der.
Eu
que gosto tanto da água e sua lama
queria
a secura do corpo em chamas.
Creio
não ser mais anfíbio. Talvez a seca.
Eu
queria o sol nesse momento,
brilhando
forte qual diamante no rio.
Só que não
passo de um dependente, um girassol.
E
de colher em colher a parede e o homem
enchem
os olhos de imaginação.
Entre
roncos, motores e construção
encho
meus rios com lágrima, sofrimento e solidão.
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