sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Acomodação pura.

Em poucas palavras eu vou dizer
Com nó na garganta tudo que sinto
Errei feio, passei foi longe e eu não minto
Ao te dizer palavras duras, transbordadas de vícios.
Palavras ferem quando mal usadas
Elas machucam, perfuram a sensível alma
E o perdão, ah! nessa hora ele se cala...
Vai pr'um fosso profundo
Que deságua num soturno mundo
Onde reina a tristeza e solidão.
Mesmo antes do noturno poço
Eu mesmo fiz extremo alvoroço
Pensando usar da tal razão...
Mais que razão é essa, que expulsa quem se ama?
Que argumentos quentes! Sem aquecer a minha cama...
Flexei errado, tiro certeiro na culatra
Dardo fora do alvo, empreitada fracassada.
Esqueço as vezes que perdi
Que me feri falando sem olhar pra mim
Que morri cem vezes a pensar em ti.
Acomodei meus sonhos numa casinha
E dela fiz, pequenininha, um castelo real.
Um lugar onde só eu, num "belo" plano virtual,
Pousasse pleno e soberano no meu quintal mais que ideal.
E agora sem rodeios e nem tom de despedida,
Essa história chega, enfim, ao seu ponto final.
Adeus, vivamos e brindemos à vida.

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