Pseudoplatystoma cf. fasciatum (Linnaeus, 1766)
Nome popular: surubim
Possui distribuição geográfica nas bacias dos rios Amazonas, Paraná, Paraguai, Uruguai e provavelmente São Francisco e Parnaíba. Essa dúvida concerne com a ocorrência de uma espécie congênere, P. corruscans que apresenta a conformação das manchas negras no flanco um pouco diferente, com manchas mais arredondadas.
A dúvida recai sobre a identidade dos exemplares do rio Parnaíba por causa da numerosa quantidade de barras negras sobre o flanco, ao passo que seus congêneres possuem poucas delas. No entanto, eles em nada diferem de P. fasciatum quanto à morfologia do corpo, principalmente do crânio. Esta espécie se diferencia do outro congênere (P. tigrinum) por não apresentar um estreitamento na região mediana do crânio e por apresentar as barras negras do flanco mais estreitas, intercaladas com riscos brancos (pouco observados nos exemplares do Parnaíba).
As espécies de Pseudoplatystoma são piscívoras, e na Amazônia P. fasciatum apresenta tendência a consumir uma maior quantidade de peixes com escamas. Na bacia do Parnaíba, esta espécie se configura como uma das espécies de bagres mais importantes na pesca comercial. Por isso, um minuncioso trabalho sobre os diversos aspectos dessa população deve ser iniciado em caráter de urgência.
A reprodução acontece somente uma vez por ano, no período de enchente. Geralmente as espécies de bagres migram rio acima para desovar em regiões de cabeceira ou em lagoas marginais que são formadas nesse período.
Na região de Floriano-PI, essa espécie é bastante apreciada na culinária e tem alto valor de venda agregado. Geralmente ele é preparado ao molho de leite de côco, uma espécie de moqueca regional.
Crédito das imagens: Chico Mário
Referências:
Buckup, P.A.; Menezes, N.A.; Ghazzi, M.S.
2007. Catálogo das espécies de peixes de água doce do Brasil.
MNRJ, Rio de Janeiro, RJ.
Ferreira, E.J.G; Zuanon, J.A.S.; Santos, G.M.
1998. Peixes comerciais do médio Amazonas, região de Santarém,
Pará. Ibama, Brasília, DF.
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