(Fonte)
Há exatamente 10 dias os Professores do Estado do Piauí estão de braços cruzados, solicitando melhorias salariais para a classe, além de melhores condições de trabalho tendo em vista a precariedade que as escolas públicas estaduais se encontram. Como professor, sou totalmente a favor dessa mobilização e entendo que para se fazer uma omelete, alguns ovos têm que ser quebrados.
E hoje, vi uma declaração muito assustadora do sr. governador: "Não negocio com grevistas" (fonte AQUI). Entretanto, fiquei a me perguntar: o ensino público, ou seja, a qualidade desse serviço básico e obrigatório por parte do estado, virou uma espécie de negócio para o senhor governador? E mais: o fato de não negociar com grevistas (que não deixam de ser Professores!!!), não desmerece a classe que agora reivindica por melhores condições de trabalho? Seria o mesmo que negociar com bandidos? Como homem público, gostaria muito de ouvir explicações dele sobre tais declarações, pois ao que indica, ele vê a nossa classe como uma marginal na sociedade piauiense.
Sinto muito dizer isso, mais creio que não será fácil mudar a sensibilidade dos gestores públicos; isso é tão difícil quanto mudar a sensibilidade ambiental de grande parte das pessoas no planeta. E infelizmente, o Professor que forma profissionais tão importantes quanto ele, acaba sendo o mais mal remunerado entre todos (que contraditório!). Entre tantas promessas de campanha, nossos governantes merecem bem mais que um título concedido por uma federação de futebol. Merecem mesmo o maior título de todos, que notadamente lhe são inerentes: Hipócritas.
Não sei quem é mais bandido: quem luta e reinvidica por melhorias ou quem é totalmente um fora-da-lei.
Olá Chico Mário.
ResponderExcluirConcordo com a sua análise. Lamentável essa postura do governador. E eu tenho porque dizer isso, posto que votei nele. Mas isto não me impede de apontar seus erros. E este é um deles.
Fui professor do estado e sei o quanto sofrem esses colegas. Eu trabalhava 20h semanais e recebia R$ 500,00. Viver nessas condições, para um professor e qualquer cidadão, é desumano. O que eles querem é ter um salário que lhes dê um mínimo de dignidade.
Sou a favor do piso mínimo de R$ 2.000,00 e deve ser por este que a luta deve ser empreendida. Recompor os salários anualmente é, ou devia ser, depende do governante, a tarefa primordial para se chegar a um nível educacional de qualidade.
Um abraço.
Jair Feitosa.
Pois é caro Jair,
ResponderExcluirÉ uma piada o que acontece por ai. E hoje, vi uma declaração do secretário dizendo para a classe "nos ajudar a fazer uma educação de qualidade" como se somente os Professores fossem os únicos responsáveis. Pífio!
abcs Jair