Chove chuva, chova sem cessar...
Chova toda sua lágrima e inunde
Suas vilas, favelas e o meu pensar...
Só continue assim e me circunde
Fertilize-me com todos os seus sais,
Que das fossas da face me invade.
Deite-se sobre as lonas abissais,
Esteiras distendidas de pouca idade.
Chuva de lágrima prateada
Dá vida junto aos coriscos
E mais água aos chavascais
Céu nebuloso e pungente
Caia manso e raivoso,
Gentil e tenebroso.
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