sábado, 20 de novembro de 2010

Mais uma, menos uma... que diferença faz?


Contruir uma barragem é sim uma coisa séria. Se não fosse, não seria tão burocrático e não afetaria diretamente (e negativamente) uma parcela significante de qualquer localidade. Muito tem se falado a respeito dos prós e contras de se construir uma usina que tem sua produção atrelada à força das águas, mas uma coisa é certa: em nosso país, quem manda mesmo são os interesses por traz.
Vendo assim de longe parece que eu sou mais um com discurso afiado contra tais empreendimentos. Enganam-se. Sou sim totalmente contra diversas burrices que historicamente acontecem. Mais ainda quando todo o dinheiro é indevidamente desviado pra contas daqueles que se dizem representantes dos interesses do povo. Fico indignado, por exemplo, em saber que muita coisa poderia ser evitada com um planejamento mais sério e com mais esmero. Vou dar só dois exemplos então:
1 - Por que os representantes teimam em criar hidrelétricas em bacias que nunca foram tão impactadas quanto serão após a contrução de uma UHE? O caso de Belo Monte, no rio Xingu, é emblemático. Vários são os interesses por traz dos expostos que delatam a verdadeira intensão dos empreendedores. Não cabe aqui, nem vale a pena citá-los. O que vale a pena lembrar é que depois de feito o estrago, nada mais será como antes. Abrem-se precedentes para a total destruição do lugar que as pessoas esquecem se tratar do nosso lar, o nosso hábitat.
2 - Como, e porque cargas d'água, se constroem hidrelétricas em locais onde sequer terminaram uma que já existe? (Digo terminar no sentido de entrega da obra no prazo estipulado pelos documentos que a regem, com todas as exigências cumpridas) Boa Esperança, no Parnaíba é outro emblema dessa aberração que toma conta do dia-a-dia do brasileiro: a corrupção.
A idéia mais inteligente, no meu pornto de vista, seria contruir barragens onde já existe o impacto causado por uma outra já instalada. Já que fomos tão burros em utilizar esse sistema para geração de energia elétrica, que os impactos sejam causados em ecossistemas já conhecidos do ponto de vista ecológico. Torço pra que as usinas no Parnaíba não sejam mais alguns elefantes brancos, como muitos no país. Alea jacta est.

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