Se um dia
você foi um daqueles descuidados,
Ou, mesmo
com cuidado, tenha sido “enganado”
Não se avexe
não: pra tudo tem uma solução.
Eu que nem
acreditava, vejam só que grande sacada!
Existe sim a formatação
pr’um coração fanfarrão.
Nesse
processo você apaga arquivos indesejáveis
Que te
causam bug, panes no sistema,
Daqueles que
inclusive não te abrem as portas:
Não, não são
as USB’s da vida, são as de uma nova canção.
Os amores
sempre vêm trazendo arquivos;
Pacotes
infinitos, pra que funcionem (sic!) os programas (tilt!).
E quando
eles se vão, tornam-se inúteis, ocupam diretórios,
Pastas sem
fim de informações que precisam ser deletadas.
E só pra lhe
dizer, eu mesmo que não tinha o que fazer
Tive em minhas mãos, alguns daqueles
“PC’s” que me deram um bom empurrão;
Trocando em
miúdos, afora tudo no mundo, eles foram meus amores.
Hoje depois
de muito tempo, nem me lembro mais das dores
Dos vírus e
das tais senhas quem eram meus terrores
Fui um
verdadeiro aprendente obediente [que bom ser obediente!]
Embora com
boas doses de versos buarquianos.
Finalmente
eles foram deletados da memória, desse tal disco rígido,
Que ao
contrário do coração, não permite buscas incessantes
Limpezas
inacabantes que te consomem até o físico.
Só me sobraram
as evoluções e as boas experiencias inovadoras,
Que me
permitem, ainda hoje, ser uma “máquina” melhor
Despida do
ferro, da cera e da inteligência artificial
Que foram,
naqueles momentos, originalmente minha essência.
Hoje carrego
a última versão, o maneco do sim e do não
Trago a
senha mais completa. O ódio não.
Levo comigo
a bagagem, a riqueza do meu compasso
O apelo da
precisão. Luto pela honestidade, pelo fim da maldade
Pelo sim do
perdão. Se preciso for, mudo minha faceta
Pra me
encontrar nesse planeta, pra viver com razão.
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