terça-feira, 3 de setembro de 2013

Vida sem ida

Ah que vida desmedida, tão comprida...
Tão metida que não se deixa ser ouvida.
Está combalida, mesmo sendo atrevida;
Está consumida, por toda essa saudade sentida.

Ah que voz mordida, rouca e dirimida,
Atrás dessa perseguida, coisa estendida.
Estarrecida e de tonalidade esmaecida,
Tal viola muda de canção há muito esquecida.

Ela mesma que teima em não passar, e escondida,
Vira mesmo o tempo sem pausar adormecida
E jamais esquece a dor, a vida fugida.

Passa não Frida, de jeito nenhum essa vida.
Vida bandida, mal dirigida, sem mil curtidas.

Nem sacudida. Muito menos de fronte doída.

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