segunda-feira, 30 de maio de 2011

Rio Parnaíba - velho monge



 meu brother galego

 êh velho monge!





Belezas naturais do rio Parnaíba, na região de Floriano, Piauí. Bichos exuberantes como o surubim (Pseudoplatystoma sp.) são comuns, mas correm sério risco de sobrexploração do seu estoque natural. Vale a pena conhecer o rio Parnaíba. Muito provavelmente, essa visão não existirá mais após a construção de 5 (cinco!) usinas hidrelétricas. Uma pena.

A caixinha e o violão

A caixinha preta não toca. Ela tem um lindo violão no seu visor, como uma moldura de papel de parede, mas não toca. Ela tem também um banco branco de ferro e várias letrinhas flutuantes, juntamente com uma linda e verde samambaia. As cores são contrastantes e lindas, e enquanto ouço “Lucy in the Sky with diamonds” meus ouvido teimam em dizer que a caixinha não toca, nem tão pouco seu violão.

Enquanto isso, meu violão está deitado, confortavelmente. Ele sim toca; ele sim chora baixinho e expande minha mente para coisas impossíveis, para dimensões inimagináveis, muito além do horizonte.

Descobri a pouco que a tal caixinha não é somente preta: tons discretos em cinza além de pontos verdes e vermelhos também podem ser notados. No entanto, olho de relance para o ar e sinto um aroma agridoce pairando sobre a ponte. Tento descobrir se meus pensamentos podem ser verdade ou se mais uma vez serei enganado pela tentação do querer ser poder.

Enquanto isso ela insiste em não tocar. E o meu violão, bem baixinho. Só ele sabe o que meus dedos intrépidos sentem ao tocá-lo delicada e deliciosamente. O tempo passa e cada nota, acorde e minuto, juntos, é uma eternidade transgressora. Cada minuto soa como as vinte e quatro horas por dia mais mal vividas de toda a minha curta vida.

O meu mundo é um universo. Gira, brilha, pula e se movimenta em constante desequilíbrio. O meu mundo é o caos, dinâmico e avesso a qualquer monotonia. Ele quer ver o cosmo reagir às intempéries monótonas dessa juventude transgredida e fechada dentro de si; dessa juventude senil de pessoas que nunca ousam querer ser melhores consigo mesmas. Que não ousam amar de verdade.

Enquanto isso, a caixinha preta não toca. E o meu violão, gentilmente chora. Bem baixinho... Because?

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Poema sem graça



E de repente, tudo ficou sem graça.

As diferenças de níveis, tão evidentes

Me rogaram as mais intensas pragas

E me fizeram o escravo da corte mais sorridente.

Parar, as vezes, é a melhor saída

Te situa, te recoloca e dá um novo rumo.

Mais caminho sob minhas escolhas

Mesmo que elas me levem ao fundo do poço

Mesmo que delas eu morra sem a mínina escolha

Mesmo que afunde num mar de glórias ou de pleno fracasso.

Hoje, a noite é nossa. Digo mais, é mais minha que sua.

E entre risos e sorrisos, bocejos e assobios

Ela, mais que tudo, vingou mais uma vez

Arregalando-me as retinas

Pras cortinas que à séculos para mim se despiam.

Felicidade é um carma, talvez um dom;

Talvez eu a tenha sentido.

Ração para peixes




Farelo de soja, de milho e de trigo. Pronto, é a garantia de grande quantidade de proteína e carboidratos de origem vegetal. Para completar, farinha de ossos (ou carne), de vísceras de frango ou peixe (ou ovos) e um complemento vitamínico (existem várias marcas no mercado). Agora sim está formulada a ração ideal para diversos animais domésticos, como por exemplo frangos e peixes. Proteínas, carboidratos, vitaminas e outras substâncias importantes para esses organismos estão presentes na quantidade ideal para um pleno desenvolvimento.

A partir de então, passe numa daquelas máquinas de moer carne, para compactar a massa homogeneisada a partir desses ingredientes, mais 30% de água. Se não tiver um moedor, relaxe. Compacte com algum instrumento (como um rolo) sobre uma superfície lisa (como uma bandeja, por exemplo).

Em seguida, seque na estufa a 55°. Não tem uma estufa? Faça que nem eu e aproveite o sol do Piauí. Ele é excelente para esse tipo de coisa. A natureza também agradece.

Extraído de Pereira-Filho (Comunicação pessoal), 2009.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Flor de feijão

(Foto: Chico Mário)



A flor do segredo, desse mar de terra e ar

Não é púrpura, alva ou sequer negra.

Tem tons desbotados, mesmo sem descorar;

Brilha, alumia e com tudo transborda alegria.



A flor do meu desejo e do meu quintal

É viva enquanto vida e chuva tiver.

Com orvalho molha-se, e da terra provê seu sal;

Com prazer, deleita-se com a alegre Mel, ser todo fugás.



E o ciclo das coisas fluem;

No cantar das aves,

Sob um efeito borboleta...



Água e sal enfim as nutrem;

Reencontrando átomos e silvos,

Sob o crivo indelével da mãe natureza!