sábado, 13 de junho de 2009

Movimento Rastafari e o Reggae

Rastaman com Dreadlocks


Para mim, a diversidade cultural é algo que transcende nossa capacidade de visualização do mundo real, entrando num outro, o das ideias. Sim, todos nós um dia já ouvimos falar dessa tal "diversidade", que geralmente é entendida como algo de diferente entre as pessoas, como a linguagem e a dança, por exemplo. É hoje, também, motivo de guerras e discórdia entre os homens de pouca fé em si mesmos. O Reggae, é portanto, um portal que nos coloca no mundo real simultaneamente no das ideias.





O Rastafári ou Rastafar-I (/rastafarai) é um movimento religioso que proclama Hailê Selassiê I, imperador da Etiópia, como a representação terrena de Jah (Deus) e este termo advém de uma forma contraída de Jeová encontrada no salmo 68:4 na versão da Bíblia do Rei James, que faz parte da Trindade sagrada o messias prometido. O termo rastafári tem sua origem em Ras ("príncipe" ou "cabeça") Tafari ("da paz") Makonnen, o nome de Hailê Selassiê antes de sua coroação.


O movimento surgiu portanto, na Jamaica entre a classe trabalhadora e camponeses negros em meados dos anos 30, iniciado por uma interpretação da profecia bíblica em parte baseada pelo status de Selassiê como o único monarca africano de um país totalmente independente e seus títulos de Rei dos Reis, Senhor dos Senhores e Leão Conquistador da Tribo de Judah, que foram dados pela Igreja Ortodoxa Etíope.


Alguns historiadores, afirmam que o movimento surgiu, e teve posteriormente adesão, por conta da exploração que sofria o povo jamaicano, o que favorece o surgimento de idéias religiosas e líderes messiânicos.


Outros fatores inerentes ao seu crescimento incluem o uso sacramentado da maconha ou "erva", aspirações políticas e afrocentristas, incluindo ensinamentos do publicista e organizador jamaicano Marcus Garvey (também freqüentemente considerado um profeta), o qual ajudou a inspirar a imagem de um novo mundo com sua visão política e cultural.


O movimento rastafári se espalhou muito pelo mundo, principalmente por causa da imigração e do interesse gerado pelo ritmo do reggae; mais notavelmente pelo cantor e compositor de reggae jamaicano Robert Nesta Marley, ou Bob Marley.


Também o encorajamento de Marcus Garvey aos negros terem orgulho de si mesmos e de sua herança africana inspiraram Rastas a abraçar todas as coisas africanas. Eles eram ensinados que haviam sofrido lavagem cerebral para negar todas as coisas negras e da África, um exemplo é o porque de não ensinarem-lhes sobre a antiga nação etíope, que derrotou os italianos duas vezes e foi a única nação livre na África desde sempre.


Os Rastas mudaram sua própria imagem, da que os brancos faziam, como primitivos e saídos das selvas para um desafiador movimento pela cultura africana e que agora é considerada como roubada deles, quando foram retirados da África por navios negreiros.


Estar próximo a natureza e da savana africana e seus leões, em espírito se não fisicamente, é primordial pelo conceito que eles tem da cultura africana. Viver próximo e fazer parte da natureza é visto como africano. Esta aproximação africana com a natureza é vista nos dreadlocks, ganja, e comida fresca, e em todos os aspectos da vida rasta. Eles evitam a aproximação da sociedade moderna com o estilo de vida artificial e excessivamente objetivo, renegando a subjetividade a um papel sem qualquer importância.


Outro importante identificador do seu afrocentrismo é a identificação com as cores verde, dourado, e vermelho, representantativas da bandeira da Etiópia. Elas são o símbolo do movimento rastafári, e da lealdade dos rastas a Hailê Selassiê, à Etiópia e a África acima de qualquer outra nação moderna onde eles possivelmente vivem.


Muitos rastafáris aprendem a língua amárica, considerada como sua língua original, uma vez que esta é a língua de Hailê Selassiê, identificando-os como etíopes; porém na prática eles continuam a falar sua língua nativa, geralmente a versão do inglês conhecida como patois jamaicano. Há músicas de reggae escritas em amárico.
Fonte: Wikipédia

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